sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

A Maldição do Tigre

A história gira em torno de Kelsey Hayes, uma garota em busca de emprego para os fundos da faculdade e que acaba por aceitar trabalhar em um circo como ajudante geral e cuidar de um tigre branco. Ela fica fascinada com a beleza do tigre, e conforme vão passando os dias, ela se aproxima cada vez mais dele, ao qual deixa ser tocado e acariciado. Lê para ele e o desenha em seu diário.
Como seu emprego no circo é temporário, aceita o trabalho de levar o tigre a Índia que foi comprado por um senhor misterioso. Já quase chegando em seu destino final, onde deixaria o tigre numa reserva solto, deixa o motorista do caminhão onde estava com o tigre para comer, mas quando volta se depara com o tigre solto e sozinho no meio da estrada, e quando tenta se aproximar dele, ele corre para a selva fazendo-a segui-lo, só para descobrir que aquele tigre branco dos olhos azuis era na verdade um príncipe indiano amaldiçoado há mais de 300 anos e que tem apenas 24 minutos para se transformar em humano há cada 24 horas.
Ele precisava dela para livra-lo da maldição, mas os dois se apaixonam perdidamente. Juntos, visitam templos, conversam com deuses indianos e se aventuram em dimensões paralelas que escondem perigos, como os kappa – macacos que vivem na água e que, geralmente, afogam suas vítimas para depois sugar seu sangue.
Nossa protagonista é forte, tem um bom coração e não mede esforços para ajuda-lo a quebrar a maldição. Ela caminha lado a lado com nosso tigre e não sente medo, ao contrário, ela sente proteção.
O livro é ótimo, maravilhoso, a narrativa te deixa sem fôlego com alguns toques divertidos de nossa querida Kelsey. Nosso tigre é perfeito, tanto na forma de tigre quanto na forma de Homem, é o príncipe que eu pedi a Deus. 

A Guardiã da Minha Irmã

É certo fazer o que for preciso para salvar a vida de um filho… mesmo que isso signifique desrespeitar os direitos de outro?

Anna não está doente, mas parece estar. Aos treze anos, já passou por inúmeras cirurgias, transfusões de sangue e internações, para que sua irmã mais velha, Kate, possa combater a agressiva leucemia que a castiga desde pequena. Concebida por fertilização in vitro para ser uma doadora de medula óssea perfeitamente compatível com a irmã, Anna nunca questionou seu papel… até agora.

Como a maioria dos adolescentes, ela está começando a buscar sua verdadeira identidade. Mas, ao contrário da maioria dos adolescentes, ela sempre foi definida em função de sua irmã. Até o dia em que Anna toma uma decisão que para grande parte das pessoas seria inconcebível, que vai destroçar sua família e trazer consequências fatais para a irmã que ela tanto ama.

A guardiã da minha irmã é um livro provocativo que retrata as difíceis escolhas de uma família dilacerada por uma doença – mas, acima de tudo, é a história de pessoas que lutam com todas as forças por aqueles que amam.

A Cidade do Sol

O livro conta a história de duas mulheres afegãs. A primeira, Mariam, que nasceu de um relacionamento fora do casamento entre Jalil, um homem rico, e Nana, uma empregada. Aos quinze anos ela fica orfã e é dada em casamento à um sapateiro de Cabul.
A segunda, Laila, é filha de um professor universitário que como um intelectual pensava de forma diferente do restante do mundo afegão. Ele sempre dizia a ela, “Você pode ser o que você quiser”. Diferente de Mariam, Laila fora instruída, chegou a freqüentar a escola e nutria uma paixão adolescente por Tariq, seu amigo de infância.
Marian já é uma mulher, que carrega muitas marcas da vida, quando conhece Laila. Á essa altura a guerra está a todo vapor no Afeganistão, especialmente em Cabul. Os bombardeios são constantes e todos os dias pessoas são mortas nos combates. E por uma cruel ironia do destino essas mulheres tão direfentes acabam juntas, partilhando da mesma dor e da maesma tristeza. O desenrolar da história apresenta as transgressões pelas quais as mulheres afegãs passam. Violência de todas as espécies. Ela são humilhadas, abusadas sexualmente. Rebaixadas ao pó. É cruel a maneira com que o fundamentalismo afegão enxerga as mulheres.
Khaled Housseini narra a história em 3ª pessoa com maestria. As cenas são contínuas e não há repetição do enredo. Enquanto Marian sofre uma ação, o resultado é visto pelo ponto de vista da Laila. O que dá dinâmica ao texto. As duas personagens sofrem a mesma violência, mas elas enxergam os abuso de forma diferenciada.
O regime talibã é exposto em sua sutil brutalidade. Ver o impacto de um conjunto de normas que transformam a mulher num mero acessório do homem é chocante e revoltante, porém esclarecedor. Não há como não torcer para que ambas possam sair daquela claustrofobia fundamentalista e esperar a cada página que elas alcancem a liberdade.

A Canção de Tróia

Canção de Tróia é um livro peculiar sobre a Guerra de Tróia. Adota uma versão mais histórica do que mitológica, é um livro para quem quer conhecer o lado mais humano desta história já tão conhecida. Aqui os deuses não aparecem nunca diretamente, mas surgem como afirmações ou até insanidades dos personagens.
Cada capítulo é narrado de acordo com o ponto de vista de um personagem diferente, Aganmenon, Aquiles, Heitor, Príamo e muitos outros personagens importantes da história. As tragédias, paixões e batalhas são muito bem descritas e você acaba por se envolver empaticamente com os personagens.
É uma leitura totalmente recomendável.

Pássaros Feridos

Uma história de amor sem igual...
"Existe uma lenda acerca de um pássaro que só canta uma vez na vida, com mais suavidade que qualquer outra criatura sobre a terra. A partir do momento em que deixa o ninho, começa a procurar um espinheiro-alvar e só descansa quando o encontra. Depois, cantando entre os galhos selvagens, empala-se no acúleo mais agudo e mais comprido. E, morrendo, sublima a própria agonia e despede um canto mais belo que o da cotovia e o do rouxinol. Um canto superlativo, cujo preço é a existência. Mas o mundo inteiro pára para ouvi-lo, e Deus sorri no céu. Pois o melhor só se adquire à custa de um grande sofrimento".

Pássaros Feridos é um romance singular. Conta a saga da família Cleary que tem início no começo do século 20, quando Paddy leva a esposa, Fiona, e os sete filhos do casal para Drogheda, uma enorme fazenda de criação de carneiros, de propriedade de sua irmã mais velha, viúva e sem filhos. Entre os 7 filhos de Paddy, encontra-se Maggie, a protagonista deste romance. Sua história é contada desde quando tem apenas 4 anos e se sente excluída pela mãe que dá preferência aos filhos homens, até o final de sua vida como senhora da enorme fazenda de Drogheda.

Entremeando esses acontecimentos, está o proibido amor de Maggie pelo ambicioso padre Ralph de Bricassart. Uma história de amor fantástica, envolvente, forte e significativa. Quem já teve oportunidade de ler esse livro sabe que o trecho com o qual iniciei a resenha, não poderia ter sido melhor escolhido. Sem dúvida um amor que sobreviveu a distancia, aos sofrimentos, as ambições e tragédias humanas. Um amor verdadeiro, sem igual.

O livro emociona do primeiro ao último capítulo. É impossível não se envolver com a personagem Maggie de forma que você sofra, ri, chore junto com ela em cada fase de sua vida. De criança à senhora. De menina à mãe. Um dos meus livros favoritos sem dúvida.

Leitura recomendadíssima!